Câncer de Mama – O que é, Sintomas e Tratamentos com terapias. Além disso, o Câncer de Mama é um tumor maligno que se desenvolve na mama como consequência de alterações genéticas em algum conjunto de células da mama, que passam a se dividir descontroladamente. Ocorre o crescimento anormal das células mamárias, tanto do ducto mamário quanto dos glóbulos mamários.
Esse é o tipo de câncer que mais acomete as mulheres em todo o mundo, sendo 1,38 milhões de novos casos e 458 mil mortes pela doença por ano, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). A proporção em homens e mulheres é de 1:100 – ou seja, para cada 100 mulheres com Câncer de Mama, um homem terá a doença.No Brasil, o Ministério da Saúde estima 52.680 casos novos em um ano, com um risco estimado de 52 casos a cada 100 mil mulheres. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Mastologia, cerca de uma a cada 12 mulheres terão um tumor nas mamas até os 90 anos de idade. Segundo o INCA, é que represente, em 2016, 28,1% do total dos cânceres da mulher.
Causas do Câncer de Mama: Faz alguns anos que as mulheres vêm sendo alertadas sobre o uso de antitranspirantes e sutiãs, considerando que eles poderiam também ser fatores de risco para desenvolver o Câncer de Mama. No entanto, até o momento não há nenhum vínculo direto que relacione este tipo de comportamento com a doença. Os implantes nos seios e os pesticidas também não são um risco relacionado com o câncer. Eis outras causas causas do Câncer de Mama:
- Histórico familiar.
- Menarca precoce
- Predisposição genética hereditária.
- Idade avançada.
- Menopausa tardia.
- Radioterapia prévia na região do tórax.
- Mamas densas.
- Obesidade.
- Sedentarismo.
- Alcoolismo.
- Tabagismo.
- Uso da terapia de reposição hormonal.
Sintomas do Câncer de Mama: Os sintomas do Câncer de Mama que não devem ser ignorados incluem:
- Alterações do tamanho ou forma da mama;
- Vermelhidão, inchaço, calor ou dor na pele da mama;
- Nódulo ou caroço na mama, que está sempre presente e não diminui de tamanho;
- Inchaço e nódulos frequentes nas ínguas das axilas;
- Assimetria entre as duas mamas, como, por exemplo, uma muito maior que a outra;
- Presença de um sulco na mama, como se fosse um afundamento de uma parte da mama;
- Endurecimento da pele da mama, semelhante a casca de laranja;
- Coceira frequente na mama ou no mamilo;
- Formação de crostas ou feridas na pele junto do mamilo;
- Liberação de líquido pelo mamilo, especialmente sangue;
- Inversão súbita do mamilo;
- Veia facilmente observada e crescente.
Tratamento do Câncer de Mama: Existem diversos tratamentos para o Câncer de Mama, que podem ser combinados ou não. Todo câncer deverá ser retirado com uma cirurgia, que pode retirar parte da mama ou ela toda – entretanto, em alguns casos pode ser que a cirurgia seja combinada com outros tratamentos.
O que vai determinar a escolha do tratamento é a presença ou ausência de receptores hormonais, o estadiamento do tumor, se já apresenta o diagnóstico com metástase ou não. Outro fator determinante para o tratamento é a paciente e qual o seu estado de saúde e época da vida.
Tratar o Câncer de Mama em uma mulher de 45 anos, saudável, é completamente diferente de fazer o tratamento em uma mulher com 80 anos e doenças relacionadas – ainda que o tipo e extensão do câncer sejam exatamente iguais. Nesse caso, deve ser levado em conta o impacto dos tratamentos e se eles irão interferir na qualidade de vida da paciente. Os tratamentos são divididos entre terapia local e terapia sistêmica:
Terapia Local: O Câncer de Mama tratado localmente será submetido a uma cirurgia parcial ou total seguida de radioterapia:
- Cirurgia: é a modalidade de tratamento mais antiga. Quando o tumor se encontra em estágio inicial, a retirada é mais fácil e com menor comprometimento da mama
- Radioterapia: terapia que usa radiação ionizante no local do tumor. É muito utilizada para tumores que ainda não se espalharam e não metástases, para os quais não é necessária a retirada de grande parte da mama. A radioterapia também pode ser usada nos casos em que o Câncer de Mama não pode ser retirado completamente com a cirurgia, ou quando se quer diminuir o risco de o tumor voltar a crescer. Dura aproximadamente um mês.
Terapia Sistêmica: O tratamento sistêmico se faz com um conjunto que medicamentos que serão infundidos por via oral ou diretamente na corrente sanguínea. Em ambos os casos, o tratamento não é feito de forma local – ou seja, o medicamento irá circular por todo o organismo, inclusive onde o tumor se encontra. Há três modalidade de terapia sistêmica:
- Quimioterapia: tratamento que utiliza medicamentos orais ou intravenosos, com o objetivo de destruir, controlar ou inibir o crescimento das células doentes. A quimio pode ser feita antes ou após a cirurgia, e o período de tratamento varia conforme o Câncer de Mama e a paciente
- Hormonoterapia: tem como objetivo impedir a ação dos hormônios que fazem as células cancerígenas crescerem. A hormonioterapia, portanto, só poderá ser utilizada em pacientes que apresentam pelo menos um receptor hormonal em seu tumor. Essa terapia no geral é feita via oral, e as drogas agem bloqueando ou suprimindo os efeitos do hormônio sobre o órgão afetado
- Imunoterapia: também conhecido como terapia anti HER-2, essa modalidade é constituída de drogas que bloqueiam alvos específicos de determinadas proteínas ou mecanismo de divisão celular presente apenas nas células tumorais ou presentes preferencialmente nas células tumorais. São medicamentos ministrados geralmente via oral. Quando o tumor expressa a proteína HER-2 em grande quantidade, por exemplo, são utilizadas drogas que irão destruir essas células especificamente. Existem outras proteínas ou processos celular que podem se acentuar no tumor e intensificar seu crescimento, e as drogas da terapia alvo irão agir nesses pontos específicos.
Caso o tumor tenha grande extensão, pode ser que o médico recomende uma terapia sistêmica inicialmente, para diminuir o tamanho do Câncer de Mama e assim fazer a cirurgia parcial. Se o câncer apresentar metástases, a terapia sistêmica também é indicada, já que as drogas agem no corpo inteiro, encontrando focos do tumor e eliminando.
A escolha do tratamento tem que levar em conta a curabilidade da doença e a tolerância à toxicidade do tratamento (algumas mulheres não podem se expor a tratamentos muito severos durante um longo período). Pacientes que sofreram metástases deverão se submeter ao algum tratamento sistêmico para o resto da vida, além do acompanhamento clínico.
Prevenção do Câncer de Mama: Como a doença é principalmente de origem genética, a melhor forma de prevenir o Câncer de Mama é fazer o autoexame e consultas médicas regulares, além da mamografia anual após os 40 anos.Somente a mamografia pode detectar o surgimento de tumor na mama com menos de 1cm, por isso ela é a melhor maneira de detecção precoce da doença, elevando-se as chances de cura. Porém, ela não previne o aparecimento do Câncer de Mama.