Esclerose Múltipla – O que é, Causas, Sintomas e Tratamentos e muito mais é o que você vai aprender a partir de agora, então continue conosco e desvende tudo sobre o Esclerose Múltipla, doença essa que mata mais brasileiros a cada dia. Além disso, a Esclerose Múltipla é uma doença imprevisível do sistema nervoso central, que pode variar de relativamente benigna até incapacitante, quando a comunicação entre o cérebro e outras partes do corpo é interrompida.
Muitos pesquisadores acreditam que a Esclerose Múltipla seja uma doença autoimune, quando o sistema imunológico do corpo ataca seus próprios tecidos. No caso da Esclerose Múltipla a mielina que envolve os nervos seria atacada. Esses ataques poderiam estar ligados a um gatilho do ambiente, como um vírus.
O que é Esclerose Múltipla: A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença neurológica, crônica e autoimune – ou seja, as células de defesa do organismo atacam o próprio sistema nervoso central, provocando lesões cerebrais e medulares. Embora a causa da Esclerose Múltipla ainda seja desconhecida, a Esclerose Múltipla tem sido foco de muitos estudos no mundo todo, o que têm possibilitado uma constante e significativa evolução na qualidade de vida dos pacientes.
Os pacientes com Esclerose Múltipla são geralmente jovens, em especial mulheres de 20 a 40 anos. A Esclerose Múltipla não tem cura e pode se manifestar por diversos sintomas, como por exemplo: fadiga intensa, depressão, fraqueza muscular, alteração do equilíbrio da coordenação motora, dores articulares e disfunção intestinal e da bexiga.
Diagnostico da Esclerose Múltipla: Devidos aos sintomas variarem muito, é possível que o médico não reconheça a Esclerose Múltipla nas suas etapas iniciais. O médico suspeita da existência de uma Esclerose Múltipla nas pessoas jovens que apresentam, de uma forma repentina, visão desfocada, visão dupla ou problemas de mobilidade, bem como sensações anômalas em zonas dispersas do corpo. Os sintomas oscilantes e um padrão de recaídas e remissões confirmam o diagnóstico da Esclerose Múltipla.
Quando os médicos suspeitam de Esclerose Múltipla, eles avaliam detalhadamente o sistema nervoso durante um exame físico. Examinam o fundo do olho (retina) com um oftalmoscópio. O disco óptico (o ponto onde o nervo óptico se junta à retina) pode estar inflamado ou, de modo raro, pálido, indicando a inflamação do nervo óptico.
A imagem por ressonância magnética (IRM) é o melhor exame de imagem para detectar a Esclerose Múltipla. Em geral, esse exame detecta zonas de desmielinização no cérebro e na medula espinhal. Antes da IRM, os médicos podem injetar gadolínio, um agente de contraste paramagnético, na corrente sanguínea. O gadolínio ajuda a diferenciar as zonas de desmielinização recentes e a inflamação ativa das zonas de desmielinização das áreas de desmielinização longa.
O diagnóstico pode ser claro com base nos sintomas atuais, no histórico de recaídas e remissões, no exame físico e na IRM. Se não forem, são realizados outros testes para obter informações adicionais:
- Punção lombar: Uma amostra do líquido cefalorraquidiano é removida e analisada. O conteúdo da proteína do líquido pode ser mais alto que o normal. A concentração de anticorpos pode ser elevada e um padrão específico de anticorpos (chamado banda oligoclonal) é detectado na maioria das pessoas com Esclerose Múltipla.
- Potenciais evocados: Para este teste, são usados estímulos sensoriais, como luzes pulsáteis, para ativar certas áreas do cérebro, enquanto são registradas as respostas elétricas. Nas pessoas com Esclerose Múltipla, a resposta do cérebro aos estímulos pode ser lenta, pois a condução dos sinais ao longo das fibras nervosas desmielinizadas foi afetada. Esse procedimento também pode detectar lesões leves no nervo óptico.
Outros testes podem ajudar os médicos a distinguirem a Esclerose Múltipla de outros distúrbios que causam sintomas semelhantes, como Aids, vasculite, artrite do pescoço, síndrome de Guillain-Barré, ataxias hereditárias, lúpus, doença de Lyme, ruptura do disco espinhal, sífilis e um cisto na medula espinhal (siringomielia).
Por exemplo, os exames de sangue podem ser realizados para eliminar a suspeita de doença de Lyme, sífilis e lúpus e os exames de imagem podem ajudar a eliminar a suspeita de artrite do pescoço, ruptura de um disco espinhal e siringomielia.
Causas da Esclerose Múltipla: As causas exatas da Esclerose Múltipla não são conhecidas, mas há dados interessantes que sugerem que a genética, o ambiente em que a pessoa vive e até mesmo um vírus podem desempenhar um papel no desenvolvimento da doença. Embora a causa ainda seja desconhecida, a Esclerose Múltipla tem sido foco de muitos estudos no mundo todo, o que tem possibilitado uma constante e significativa evolução na qualidade de vida dos pacientes.
Genética e ambiente: Acredita-se que a Esclerose Múltipla pode em parte ser determinada geneticamente. Parentes de de pessoas com Esclerose Múltipla têm maior risco de desenvolver a doença. Irmãos de um portador têm um risco 2% a 5% maior de ter Esclerose Múltipla.
No entanto, experiências com gêmeos idênticos indicam que a hereditariedade pode não ser o único fator envolvido. Se a Esclerose Múltipla fosse determinada exclusivamente pela genética, gêmeos idênticos teriam riscos idênticos. No entanto, um gêmeo idêntico tem apenas uma chance 30% maior de desenvolver Esclerose Múltipla.
Alguns cientistas teorizam que a Esclerose Múltipla se desenvolve em pessoas que nascem com uma predisposição genética que, ao ser exposta a algum agente ambiental, desencadeia uma resposta autoimune exagerada, dando origem à Esclerose Múltipla. A falta de exposição ao sol nos primeiros meses ou anos de vida também é considerado por especialistas como um fator ambiental que predispõe o aparecimento de Esclerose Múltipla.
Vírus e Esclerose Múltipla: Alguns estudos sugerem que alguns vírus, tais como o de Epstein-Barr (mononucleose), varicela-zoster e aqueles presentes na vacina da hepatite podem ter relação com a Esclerose Múltipla. Até o momento, no entanto, essa hipótese não foi definitivamente confirmada.
Sintomas de Esclerose Múltipla: Entre os sintomas mais comuns da Esclerose Múltipla estão fadiga, alterações fonoaudiológicas, transtornos visuais, problemas de coordenação e equilíbrio. A Esclerose Múltipla é uma doença degenerativa, por tanto as pessoas que a tem passam a ter sintomas que se tornam debilitantes. Outros sintomas iniciais podem ser:
- Fala arrastada
- Voz trêmula
- Dificuldade de deglutição
- Visão turva
- Visão embaçada
- Problemas de equilíbrio
- Dores nas pernas
- Dormência nos membros
- Tremores
- Instabilidade ao caminhar
- Vertigem
- Náuseas
- Fraqueza geral
- Perda de sensibilidade nos membros
- Queimação ou formigamento
- Transtornos cognitivos
- Perda de memória em qualquer momento da doença
- Dificuldade de memorização
- Ansiedade, depressão, irritabilidade, transtorno bipolar
- Disfunção erétil
- Perda de lubrificação vaginal
- Perda de sensibilidade na genitália
- Vontade incessante de urinar
- Constipação intestinal
- Perda de memória
- Dificuldade para resolver problemas
- Perda de audição
- Incômodo nos olhos
- Perda de visão ( um olho de cada vez)
- Dor intensa
Os sintomas da Esclerose Múltipla podem acontecer de forma muito diferente de acordo com cada paciente porque, como são falhas nas conexões neurais podem acometer em diferentes etapas de acordo com as atividades mais realizadas pela pessoa .
Os casos mais sérios da doença acontecem quando há atrofia cerebral, perda de todos os movimentos e inicio da irregularidade de funcionamento de alguns órgãos. É preciso deixar claro que embora possa haver confusão mental e dificuldades para fazer cálculos ou memorizar coisas a Esclerose Múltipla não é uma doença mental , as pessoas passam a ficar debilitadas conscientemente a medida que se começa a agravar os sintomas.
Tratamentos Para Esclerose Múltipla: Embora não seja conhecida qualquer cura para a Esclerose Múltipla, há várias terapias que ajudam a mitigar os efeitos da doença. Os principais objetivos da terapia são o restabelecimento das funções do paciente após um episódio de ataque, a prevenção de novos ataques e a prevenção da degenerescência.
À semelhança de qualquer terapêutica, a medicação usada na gestão da Esclerose Múltipla apresenta diversos efeitos secundários. Algumas pessoas procuram o apoio de terapias alternativas, apesar da escassez de estudos científicos comparativos e replicáveis que as comprovem.
Medicamentos que melhoram o surto agudo: Durante os episódios sintomáticos, a terapia de rotina para as recidivas é a administração de doses elevadas de corticosteróides por via intravenosa. Embora geralmente eficazes no alívio de sintomas a curto prazo, o tratamento com corticosteróides não aparenta ter impacto significativo no recobro a longo prazo.
Tanto a administração oral como a intravenosa parecem ter o mesmo grau de eficácia. As consequências de ataques graves que não respondam aos corticosteróides podem ser tratadas através de plasmaferese.
Medicamentos modificadores da doença: O uso de fingolimod (marca comercial: Gilenya) para o tratamento da Esclerose Múltipla foi aprovado nos Estados Unidos em 2010 e na Europa em 2011.
Estão actualmente disponíveis seis medicamentos de combate à doença aprovados por entidades reguladoras de vários países, sendo os outros cinco: o Interferão beta-1a (marcas comerciais: Avonex, CinnoVex, ReciGen e Rebif) e o Interferão beta-1b (marca comercial: Betaferon na Europa e no Japão, e Betaseron nos Estados Unidos). O terceiro medicamento disponível é o acetato de glatirâmero (Copaxone), um imunomodulador não-esteróide e não-interferão.
O quarto medicamento para Esclerose Múltipla é a mitoxantrona, um imunossupressor também usado na quimioterapia do cancro. O quinto é o natalizumab (comercializado como Tysabri), um imunomodulador de anticorpos monoclonais humanizado.
Os interferões e o acetato de glatirâmero são administrados através de injecções frequentes, variando entre uma dose diária para o acetato de glatirâmero até uma injecção semanal intra-muscular de Avonex. O natalizumab e a mitoxantrona são administrados através de infusões intravenosas em intervalos mensais
Todos os seis tipos de fármacos demonstram eficácia moderada na redução do número de ataques na Esclerose Múltipla recidivante remitente (EMRR), embora a capacidade dos interferões e do acetato de glatirâmero seja controversa e sejam ainda poucos os ensaios relativos aos seus efeitos a longo prazo.
Os comparativos entre imunomoduladores (à excepção da mitoxantrona) revelam que o mais eficaz é o natalizumab, tanto em termos de redução da frequência das recidivas como no atraso da progressão da degenerescência.
A mitoxantrona pode ser o mais eficaz entre todos; no entanto, não é considerada uma terapia de longo prazo uma vez que o seu uso é restringido por efeitos secundários graves. A primeira manifestação clínica de EMRR é a síndrome clínica isolada (SCI). O tratamento com interferões durante o ataque inicial pode diminuir as hipóteses dessa pessoa vir a desenvolver Esclerose Múltipla clínica
O tratamento da Esclerose Múltipla progressiva é mais difícil do que a EMRR. A mitoxantrona demonstrou ter alguns efeitos benéficos em indivíduos com EM secundária progressiva e primária recidivante. É ainda moderadamente eficaz na redução da progressão da doença e na frequência das recidivas a curto prazo. Não há ainda nenhum tratamento que se tenha demonstrado eficaz na alteração do progresso da Esclerose Múltipla primária progressiva.
Tratamentos alternativos Para Esclerose Múltipla: Muitas pessoas com Esclerose Múltipla recorrem a tratamentos complementares e à medicina alternativa. Dependendo do tratamento, as evidências que demonstram a sua eficácia são mal sustentadas ou inexistentes. Entre os métodos recorrentes estão a dieta de Swank, baixa em gorduras saturadas, as plantas medicinais (incluindo o uso de cannabis medicinal), a oxigenoterapia hiperbárica e a auto-infecção com os parasitas da ancilostomíase, conhecida como terapia helmíntica.
Recomendações Para Esclerose Múltipla: Embora não altere a evolução da doença, é importante manter a prática de exercícios físicos;
- Quando os movimentos estão comprometidos, a fisioterapia ajuda a reformular o ato motor, dando ênfase à contração dos músculos ainda preservados;
- O tratamento fisioterápico associado a determinados remédios ajuda também a reeducar o controle dos esfíncteres;
- Nas crises agudas da doença, é aconselhável o paciente permanecer em repouso.