Estresse Pós-Traumático – Causas, Sintomas e Tratamentos que todos devem saber. Além disso, o transtorno de Estresse Pós-Traumático é um transtorno de ansiedade causado por eventos muito estressantes, assustadores ou angustiantes. Alguém com frequentemente revive o evento traumático através de pesadelos e flashbacks, e pode experimentar sentimentos de isolamento, irritabilidade e culpa.
Eles também podem ter problemas para dormir, como a insônia, e achar a concentração difícil. Estes sintomas são frequentemente graves e persistentes o suficiente para ter um impacto significativo no dia a dia da vida da pessoa.
Causas Estresse Pós-Traumático: As causas do transtorno do Estresse Pós-Traumático podem ser situações como atos violentos, situações traumáticas que representaram ameaça à vida da pessoa ou à de terceiros.
Quando se fala de ameaça à vida, há várias dimensões da vida que podem ser ameaçadas, dimensão física, dimensão psíquica (ameaças como assédio, humilhações e outras violências psíquicas), dimensão social (micro e macro social) e ainda a dimensão espiritual. Em todas estas dimensões podem haver situações de extrema violência ou ameaça e de certa forma produzirem um quadro de Estresse Pós-Traumático.
Fatores de Risco: Há diversos estudos que apontam eventos ocorridos na infância e adolescência como fatores que tornam as pessoas mais vulneráveis ao transtorno do Estresse Pós-Traumático. Em geral, se encaixam situações de assedio moral infantil, situações de violência doméstica, situações que passam despercebidas na escola devido a dificuldades em adaptação (sociabilização) ou aprendizado e essas crianças são estigmatizadas e ridicularizadas.
Outros fatores a serem considerados são crianças expostas a desastres naturais (enchentes, terremotos, etc ), e os filhos da violência urbana devido às desigualdades sociais existentes que deixam marcas profundas. A violência social e estrutural também é sem dúvida um grande fator responsável pelo aumento da prevalência do transtorno de Estresse Pós-Traumático durante o desenvolvimento na adolescência.
Sintomas de Estresse Pós-Traumático: Os sintomas de Estresse Pós-Traumático geralmente começam dentro de três meses do evento. Em alguns casos, no entanto, o Estresse Pós-Traumático não começam até anos mais tarde. A gravidade e a duração da doença variam. Algumas pessoas se recuperam dentro de seis meses, enquanto outras sofrem muito mais. Os sintomas de Estresse Pós-Traumático geralmente são agrupados em quatro categorias principais, incluindo:
- Aliviar: Pessoas com Estresse Pós-Traumático repetidamente reviver a provação através de pensamentos e memórias do trauma. Estes podem incluir flashbacks, alucinações e pesadelos. O Estresse Pós-Traumático também podem sentir grande sofrimento quando certas coisas lembrá-los do trauma, como a data de aniversário do evento.
- Evitando: A pessoa pode evitar pessoas, lugares, pensamentos ou situações que possam lembrá-lo do trauma. Isso pode levar a sentimentos de desapego e isolamento de familiares e amigos, bem como uma perda de interesse em atividades que a pessoa já desfrutava.
- Aumento da Excitação: Incluem emoções excessivas; Problemas relacionados a outros, incluindo sentimento ou mostrar carinho; Dificuldade em cair ou ficar dormindo; irritabilidade; Explosões de raiva; Dificuldade de concentração; E sendo “nervoso” ou facilmente assustado. A pessoa também pode sofrer sintomas físicos, como aumento da pressão arterial e freqüência cardíaca, respiração rápida, tensão muscular, náuseas e diarreia.
Cognições Negativas e Humor: Refere-se a pensamentos e sentimentos relacionados à culpa, distanciamento e memórias do evento traumático. Jovens, crianças com Estresse Pós-Traumático podem sofrer um desenvolvimento tardio em áreas como o treinamento do banheiro, as habilidades motoras e a linguagem.
Tratamento Estresse Pós-Traumático: Cada pessoa em situação de Estresse Pós-Traumático necessita de uma atenção cuidadosa, pois suas reações têm relação com a sua história de vida, sua capacidade de lidar com sentimentos e emoções, o impacto que a experiência teve em sua vida e a qualidade de suas experiências de vida dali para frente.
A intervenção terapêutica é um recurso necessário para que a pessoa possa reorganizar seu padrão de funcionamento e continuar seu processo de vida de modo mais saudável. É possível sentir e ver o mundo diferente, sair da situação de sofrimento constante, através realização de mudanças nos padrões de estresse organizados.
Mediante observação atenta do corpo, do olhar, da postura, da respiração e do modo de se mover, o profissional pode identificar o estado subjetivo interno que esta pessoa pode estar vivendo.
Porém tão importante quanto o profissional identificar os sinais exteriores, é ajudar e capacitar a pessoa a perceber o próprio corpo, discriminando com clareza a sua própria experiência e as conexões que há entre a sua vivência subjetiva e o modo como o seu corpo está organizado naquele momento.
A partir de um desenvolvimento maior da auto-percepção é possível ensinar a pessoa a interferir em seus padrões de sofrimento somaticamente organizados, através de exercícios específicos, agindo sobre os seus padrões de estresse.
Ajudando a pessoa a perceber suas próprias sensações corporais, sua organização postural e suas atitudes organizadas somaticamente, podemos ajudá-la a perceber como o corpo está totalmente interligado ao que ela sente, vê e pensa, organizado num padrão de estresse. A partir daí podemos ajudar a pessoa a dialogar com a própria experiência através de um método eficiente, conforme proposto por Stanley Keleman (1987).
Na terapia utilizamos técnicas que atuam exatamente nos pontos que estão mantendo a pessoa em estado de estresse. Ensinamos a ela a reconhecer a organização corporal deste padrão, podendo modular, aumentando e diminuindo sua intensidade e permitindo a sua desorganização e reorganização, permitindo à pessoa criar modos mais vitais de lidar com os afetos e as situações de sua vida. Um dos objetivos é ensinar um auto-gerenciamento do estresse que possa servir como habilidade ao longo de toda a vida da pessoa.
A terapia permite restaurar a capacidade de lidar com fortes emoções internas, o que pode ter ficado comprometido desde a primeira infância. Este processo precisa ocorrer num contexto vincular de cuidado e confiança, no qual a pessoa do terapeuta, tal qual uma mãe cuidadosa, primeiro ajuda seu cliente a se acalmar, com a ajuda de técnicas específicas, para então começar a ensiná-lo a manejar melhor seus estados internos e o mundo à sua volta, visando a sua recuperação e o seu desenvolvimento.