A convivência entre os vírus da covid-19 e a gripe Influenza começou a gerar um terceiro problema, a chamada “Flurona“, a coinfecção dos dois tipos vírus.
Além disso, a circulação dos vírus influenza e SARS-CoV-2 ao mesmo tempo é preocupante e de alto risco para a população, sobretudo aos cidadãos mais vulneráveis. Pois ambas as doenças afetam o sistema respiratório.
Segundo o médico geneticista e diretor do Laboratório Genetika de Curitiba, Salmo Raskin, afirma.
Que os casos de coinfecção simultânea por coronavírus e influenza são comuns em vários países do mundo, incluindo o Brasil.
Entretanto, existem poucos dados epidemiológicos sobre esta condição, uma vez que, dado que os sintomas de ambas as doenças são muito parecidos, geralmente apenas uma das condições é investigada.
Durante a pandemia de covid-19, normalmente quando o resultado dá positivo para covid-19, não é testada a influenza, impossibilitando o diagnóstico duplo.
Por outro lado, os casos de coinfecção costumam ser detectados quando o paciente que apresenta sintomas é submetido a um teste do tipo painel viral, no qual uma amostra é analisada para vários tipos de vírus ao mesmo tempo.
Além disso, estes testes são geralmente feitos em laboratórios privados, não estando a ser priorizados pelos laboratórios públicos diante do cenário da pandemia.
No entanto, as estratégias para combater ambas as doenças são semelhantes, incluindo o uso de máscaras, distanciamento social, ambientes mais ventilados e higienização das mãos.
Além disso, havendo poucos casos de infecção, não foram ainda possíveis grandes estudos sobre a coinfecção dos dois vírus conhecida como flurona.
Portanto, com o aumento dos casos de influenza, após o relaxamento das restrições impostas no combate à covid-19, calcula-se que estas situações passem a ser mais comuns, permitindo estudá-las melhor. ((https://pt.wikipedia.org/wiki/Flurona))
Evolução de coinfecção da flurona:
O primeiro caso de flurona ocorreu em Israel, em uma mulher grávida não vacinada.
Além disso, a mulher recebeu alta em 30 de dezembro, após ser tratada com os sintomas ligeiros derivados da dupla infecção.
Segundo especialistas do Ministério da Saúde israelita, é provável que existam casos semelhantes, ainda não identificados num momento em que quase duas mil pessoas estão internadas por gripe, ao mesmo tempo que os casos positivos da variante Ômicron estão a aumentar no país.
No entanto, no início de janeiro haviam sido diagnosticados vários casos no Brasil, três deles em Fortaleza, no Ceará, constituídos por dois bebés de um ano e um homem de 52 anos, que já receberam alta.
Além disso, foram diagnosticados também outros dois casos no Rio de Janeiro, um deles referente a um adolescente de 16 anos, que começou a ter sintomas a 29 de dezembro.
Após ser submetido a testes das duas síndromes gripais, ambos deram positivo. ((https://pt.wikipedia.org/wiki/Flurona#cite_note-9))
Já a Secretaria de Saúde de Santa Catarina esclarece que a coinfecção Covid-19 e gripe pode ocorrer sempre que houver a infecção simultânea de uma pessoa por qualquer variante do coronavírus, com qualquer subtipagem do vírus influenza. ((https://www.dive.sc.gov.br/index.php/noticias-todas/410-santa-catarina-tem-nove-casos-suspeitos-de-coinfeccao-por-coronavirus-e-influenza-conhecida-como-flurona))
Transmissão da flurona:
A transmissão da flurona ocorre por meio do contato direto com uma pessoa infectada por exemplo, durante um aperto de mão, objetos e superfícies contaminados seguido do toque nos olhos, nariz ou boca. ((https://www.gov.br/saude/pt-br/coronavirus/como-e-transmitido))
Como saber se tenho flurona?
Além disso, os sintomas da covid-19 e da influenza, podem ser inicialmente confundidas, por esta razão, a única forma para identificar a flurona é fazendo os testes para covid-19 e influenza.
No entanto, a alguns sinais podem ajudar a diferenciar as doenças, por exemplo os sintomas da influenza, de maneira geral, são febre alta, dor de garganta e um intenso mal-estar.