Metilfenidato – Para que Serve, Como Usar e Efeitos Colaterais que muitos desconhecem. Além disso a Metilfenidato é uma substância química utilizada como fármaco, estimulante leve do sistema nervoso central, com mecanismo de ação ainda não bem elucidado, estruturalmente relacionado com as anfetaminas. É usada no tratamento medicamentoso dos casos de transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), narcolepsia e hipersonia idiopática do sistema nervoso central (SNC).
O TDAH é um transtorno metabólico neural que resulta em comportamentos mal adaptados (os mais comuns: impulsividade, agitação, dificuldade em manter-se quieto ou parar de falar; dificuldades para manter atenção em atividades muito longas, repetitivas ou que não sejam interessantes para o indivíduo; facilidade de distração por estímulos externos ou pensamentos “internos”, dando a impressão de estar “ausente”).
Os portadores da síndrome frequentemente ganham apelidos e ficam estigmatizados; o metilfenidato pode favorecer a quebra do “círculo vicioso” criado pela hiperatividade em especial. O metilfenidato só pode ser usado sob supervisão médica especializada neste tipo de transtorno. Por ser uma medicação psicoestimulante, seu uso provocaria uma maior produção e reaproveitamento de neurotransmissores, a exemplo da dopamina e da norepinefrina. O Cloridrato De Metilfenidato age melhorando as atividades de certas partes do cérebro que são pouco ativas. O Cloridrato De Metilfenidato melhora a atenção e a concentração, além de reduzir comportamento impulsivo.
Cloridrato De Metilfenidato é indicado como parte de um programa de tratamento amplo que tipicamente inclui medidas psicológicas, educacionais e sociais, direcionadas a pacientes estáveis com uma síndrome comportamental caracterizada por distractibilidade moderada a grave, deficit de atenção, hiperatividade, labilidade emocional e impulsividade. O diagnóstico deve ser feito de acordo com o critério DSM-IV ou com as normas na CID-10.
Como Usar o Metilfenidato: A dose utilizada por crianças até 6 anos ainda não foi estabelecida. Para crianças com idade superior aos 6 anos, portadoras de déficit de atenção, a dose oral é de 5 mg, duas vezes ao dia. A dose pode ser aumentada semanalmente, entre 5 e 10 mg, até o máximo de 60 mg. Em adultos a dose usual é de 5 a 20 mg, duas a três vezes ao dia. Observação: Modificações recentes na bula da Ritalina, alteram a dose máxima do medicamento.
- Para o tratamento do TDAH: Nova dosagem máxima – de 60mg para 80mg/dia.
- Para o tratamento de Narcolepsia: Nova dosagem máxima – de 40mg para 60mg/dia.
Contra indicações do Metilfenidato:
- Hipersensibilidade ao metilfenidato ou a qualquer excipiente;
- Ansiedade, tensão;
- Agitação;
- Hipertireoidismo;
- Distúrbios cardiovasculares pré-existentes incluindo hipertensão grave, angina, doença arterial oclusiva, insuficiência cardíaca, doença cardíaca congênita hemodinamicamente significativa,
- cardiomiopatias, infarto do miocárdio, arritmias que potencialmente ameaçam a vida e canalopatias (distúrbios causados por disfunção dos canais iônicos);
- Durante tratamento com inibidores de monoamino oxidase (MAO), ou dentro de no mínimo 2 semanas de descontinuação do tratamento, devido ao risco de crises hipertensivas;
- Glaucoma;
- Feocromocitoma;
- Diagnóstico ou história familiar de síndrome de Tourette.
Efeitos Colaterais do Metilfenidato: O nervosismo e a insônia são reações adversas muito comuns que ocorrem no início do tratamento com Cloridrato De Metilfenidato, mas podem usualmente ser controladas pela redução da dose e/ou pela omissão da dose da tarde ou da noite.
A diminuição de apetite é também muito comum, mas geralmente transitória. Dor abdominal, náusea e vômito são comuns a muito comuns, ocorrendo usualmente no início do tratamento e podem ser aliviadas pela alimentação concomitante.