Os Principais Sintomas da Leishmaniose que você não deve ignorar. Alem disso a Leishmaniose é uma doença crônica, causada por parasitas flagelados do gênero Leishmania (protozoário), da família Trypanosomatidae, chamados de “leishmania”, não é contagiosa e tem cura. Podendo apresentar-se em duas formas: “Calazar”, do tipo visceral e “Úlcera de Bauru”, uma forma tegumentar americana.
A Leishmaniose manifesta-se na pele ou de forma visceral, tanto no ser humano quanto nos animais domésticos, no Brasil a doença infecta principalmente o cão, a raposa e alguns animais silvestres, os quais tornam-se reservatórios da Leishmaniose.
O responsável por descobrir os primeiros tratamentos da doença e iniciar os estudos dela foi o médico Gaspar Viana, do Pará, no início do século XX. Nos últimos 20 anos, a Leishmaniose tem crescido consideravelmente, sendo bastante encontrada no Brasil. Na América Latina, 90% dos casos estão no Brasil, com maior ocorrência no Nordeste do país.
Entre os anos 1985 e 2003, houveram registros de mais de 500 mil casos autóctones (da região onde se origina), e sua maior ocorrência foi nas regiões Nordeste e Norte do país. O tipo mais comum é a Leishmaniose visceral e alguns casos (muito raros) de Leishmaniose cutânea.
Embora tenham sido descritos casos de transmissão inter-humana (transfusão de sangue, transplante de órgãos ou uso drogas intravenosas) a leishmaniose é uma doença que normalmente se transmite através de flebotomíneos que foram infectados previamente ao picar animais ou seres humanos infectados.
Vários mamíferos, tanto domésticos como silvestres (roedores, cães, gatos, ratos, tamanduás, preguiças, gambás) foram identificados como reservatórios naturais (tem hospedeiro e transmite o parasita, embora não se encontre afetado pela doença). A leishmaniose tem uma distribuição global e afeta cerca de 90 países da América.
Costuma-se fazer uma distinção entre a leishmaniose do Velho Mundo (Europa, Ásia e África) e do Novo Mundo (América). Após a picada os parasitas se multiplicam no local dando origem a uma lesão com bordas elevadas. Frequentemente estas estão localizadas em lugares como a face e extremidades. A partir desta lesão os parasitas podem acabar atingindo mucosas da boca ou do nariz.
Em muitos casos formam-se úlceras nestas mucosas levando até mesmo à desfiguração local. Os parasitas podem ainda se disseminar e atingir órgãos diversos como o baço, o fígado e a medula óssea. Então, confira Os 12 Principais Sintomas da Leishmaniose.
- Fraqueza;
- Perda de apetite;
- Palidez;
- Problemas respiratórios;
- Sangramentos na boca;
- Aumento do baço;
- Anemia;
- Emagrecimento;
- Diarreia;
- Sangramentos no intestino;
- Aumento do fígado;
Casos de leishmaniose que não forem tratados podem adquirir graves contornos e levar facilmente à morte. Pacientes com HIV ou outros imunodeprimidos precisam de atenção redobrada, pois a reativação da doença é frequente mesmo após tratamento.
A constatação dos parasitas nos tecidos dos doentes é uma das principais evidências de um caso de leishmaniose. A doença pode gerar lesões características na pele, úlceras em mucosas e sérias complicações em órgãos como baço, fígado e até medula óssea.
Desta forma, exames laboratoriais como pesquisa de anticorpos, cultura de tecido e pequenas biópsias podem ser realizadas.
Levando em conta o quadro clínico do paciente o médico já suspeita de algo. O exame mais pedido é o de sangue para análise de anticorpos. Testes sorológicos também são bastante realizados, assim como punções na medula óssea.
O correto diagnóstico é muito importante, já que esta doença possui sintomas bastante parecidos com, por exemplo, os da malária, febre tifoide, doença de chagas e esquistossomose.
Portanto, um diagnóstico diferencial deve ser realizado para que o tratamento mais adequado tenha início. Assim que a doença for controlada os sintomas regridem, porém estes podem reaparecer até seis meses após o final do tratamento.
As drogas para o tratamento da Leishmaniose são os Antimoniais Pentavalentes. Devem ser administrados por via parenteral (ou seja, intra-muscular ou intra-venosa), por uma período mínimo de 20 dias. A dose e o tempo da terapêutica variam com as formas da doença e gravidade dos sintomas.
O seu principal efeito colateral é a indução de arritmias cardíacas e está contra-indicado em mulheres grávidas nos 2 primeiros trimestres, doentes com insuficiência hepática e renal e naqueles em uso de drogas anti-arrítmicas. Outras drogas usadas no tratamento da leishmaniose incluem a anfotericina B, paromomicina e pentamidina.