Pé Diabético – O que é, Sintomas e Tratamentos desta complicação gerada pelo diabetes mellitus. Além disso, o Pé Diabético ocorre quando uma área machucada ou infeccionada nos pés desenvolve uma úlcera (ferida).
Seu aparecimento pode ocorrer quando a circulação sanguínea é deficiente e os níveis de glicemia são mal controlados. Qualquer ferimento nos pés deve ser tratado rapidamente para evitar complicações que possam levar à amputação do membro afetado.
Úlceras nos pés e amputação são complicações frequentes em portadores de diabetes Mellitus (neste grupo, o risco de amputação de membros inferiores é aproximadamente 40 vezes maior que na população geral).
A mortalidade relacionada à amputação imediata é estimada em 19% e a sobrevida é de 65% em três anos e 41% em cinco anos. Com isso, em termos globais, a complicação do diabetes conhecida como “Pé Diabético” ocupa os primeiros lugares entre os principais problemas de saúde, afligindo vários países do mundo e causando grande impacto sócio econômico.
A OMS (Organização Mundial da saúde) define o “Pé Diabético” da seguinte forma: “situação de infecção, ulceração ou também destruição dos tecidos profundos dos pés, associada a anormalidades neurológicas e vários graus de doença vascular periférica, nos membros inferiores de pacientes com diabetes mellitus”.
Causas do Pé Diabético: O reconhecimento precoce e o manejo dos fatores de risco são importantes para reduzir o aparecimento de ulcerações e lesões graves do pé. O principal fator risco é o diabetes mal controlado, pois níveis persistentemente elevados de glicose são os responsáveis pelas alterações que propiciam o surgimento do Pé Diabético.
Outros fatores de risco importantes já foram apresentados: neuropatia, deformidades do pé e sinais de doença vascular. Todos os três podem ser identificados através de um cuidadoso exame físico dos membros inferiores. Dentre estes, a neuropatia parece ser o mais importante no desenvolvimento do Pé Diabético. Cerca de 80% dos pacientes com úlceras nos pés possuem lesões em seus nervos periféricos.
Também aumentam o risco de complicações o uso de calçados não adequados para diabéticos, principalmente se o paciente apresentar manchas vermelhas, pontos doloridos, bolhas, calosidades, pé chato, joanete ou Dor frequente associada ao uso de sapatos.
O cigarro é outro problema importante, pois o tabaco causa danos aos pequenos vasos sanguíneos dos pés e pernas, favorecendo a progressão da lesão vascular e dificultando o processo de cura das lesões de pele já existentes.
Sintomas do Pé Diabético: Os principais sintomas do Pé Diabético incluem:
- Perda da sensibilidade nos pés;
- Sensação de formigamento frequente;
- Queimação nos pés e tornozelos;
- Dor e sensação de agulhadas;
- Dormência nos pés;
- Fraqueza nas pernas.
Apesar da presença dos sintomas, a maior parte dos diabéticos só percebe a gravidade do problema quando surge uma ferida ou infecção que não passa.
Tratamentos do Pé Diabético: O tratamento do Pé Diabético é feito de acordo com o tipo de lesão no pé e a sua gravidade e deve ser sempre orientado por um médico, mesmo no caso de pequenos cortes ou feridas, pois podem piorar rapidamente. Assim, o tratamento pode envolver:
- Tomar remédios antibióticos;
- Usar pomadas antimicrobianas no local afetado;
- Controlar a diabetes a partir de alterações da dieta, do uso de medicamentos e de insulina;
- Trocar diariamente o curativo da ferida, de acordo com orientação do médico ou do enfermeiro;
- Evitar pressionar o local afetado, evitando usar sapatos fechados ou deixar o pé na mesma posição por muito tempo.
Nos casos mais graves, pode ser necessário fazer cirurgia para retirar a região afetada da pele e favorecer a cicatrização. No entanto, quando a ferida não é detectada logo ou quando o paciente não cumpre o tratamento adequadamente, pode ser necessário amputar o pé ou parte do pé.