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Raiva – Causas, Sintomas e Tratamentos!

Raiva – Causas, Sintomas e Tratamentos, este artigo irá aborda um tema bastante procurado, por conter características únicas, que é a Raiva, Além disso Raiva é uma encefalite viral aguda, transmitida por mamíferos com letalidade de aproximadamente 100%, considerada um problema de saúde pública, principalmente em países em desenvolvimento.

Apesar de ser conhecida desde a antiguidade, a Raiva ainda é um grave problema de saúde pública que acarreta altos custos na assistência preventiva às pessoas expostas ao risco de adoecer e morrer.

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Há duas formas principais da doença, a Raiva urbana, transmitida principalmente por animais domésticos, como cães e gatos, e a Raiva silvestre, cujo agentes transmissores são os animais selvagens e carnívoros. No Brasil, a Raiva tem sido diagnosticada em vários mamíferos silvestres, como morcegos e diversos felinos.

De acordo com um estudo publicado em abril de 2015 na revista PLOS Neglected Tropical Diseases, 59 mil pessoas morrem todos os anos de Raiva em todo o mundo. De acordo com o estudo, 95% das infecções fatais são devido a mordidas de cachorro.

Causas da Raiva: A Raiva é transmitida pela saliva infectada que entra no corpo por meio de uma mordida ou pele lesionada. O vírus viaja da ferida até o cérebro, onde causa inchaço ou inflamação. Essa inflamação leva aos sintomas da doença. A maioria dos casos de morte por Raiva ocorre em crianças. Qualquer mamífero é capaz de transmitir Raiva. Os que mais costumam causar a doença são:

Animais Domésticos e de Fazenda

  • Gatos
  • Cachorros
  • Vacas
  • Furões
  • Cabras
  • Cavalos

Animais Selvagens

  • Morcegos
  • Castores
  • Coiotes
  • Raposas
  • Macacos
  • Guaxinins
  • Gambás
  • Marmotas.
  • Em casos raríssimos, o vírus pode ser transmitido para receptores de transplantes de tecidos e órgãos de uma pessoa infectada.

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Fatores de Risco Para Raiva: Fatores que podem aumentar o risco de uma pessoa contrair Raiva são:

  • Viajar ou viver em países em desenvolvimento onde a Raiva é mais comum, incluindo países da África e Sudeste Asiático.
  • Atividades que possam colocar uma pessoa em contato com animais selvagens que possam ter Raiva, como a exploração de cavernas onde morcegos vivem.
  • Acampar sem tomar as precauções devidas e não manter os animais selvagens longe de seu acampamento.
  • Trabalhar em um laboratório que contenha amostras do vírus da Raiva.
  • Ferimentos na cabeça, pescoço ou mãos, que possam ajudar a levar o vírus da Raiva para o cérebro mais rapidamente.

Sintomas da Raiva: No início, os sintomas são variados e podes ser caracterizados como transformação de caráter, inquietude, perturbação do sono, sonhos tenebrosos; aparecem alterações na sensibilidade, queimação, formigamento e dor no local da mordedura. Essas alterações duram de 2 a 4 dias.

Posteriormente, instala-se um quadro de alucinações, acompanhado de febre, então inicia-se o período de estado da doença, por 2 a 3 dias, com medo de correntes de ar e de água, de intensidade variável. Surgem crises convulsivas periódicas. A Raiva apresenta ciclos de transmissão. Confira abaixo quais são:

  • Ciclo rural, representado pelos animais de produção.
  • Ciclo aéreo, que envolve os morcegos hematófagos e não hematófagos.
  • Ciclo silvestre terrestre, que engloba cachorros do mato, raposas, guaxinim, macacos entre outros animais selvagens.
  • Ciclo urbano, relacionado aos cães e gatos.

Tratamento da Raiva: Não existe tratamento para a Raiva, até esse momento. As medidas adotadas são de prevenção e vacinação da população e animais. Os medicamentos administrado após a aparição dos sintomas são para aliviar o sofrimento do paciente.

Atualmente no Brasil são produzidas duas vacinas anti-rábicas, a com o vírus atenuado e as vacinas inativadas. A vacina pode ser usada para a profilaxia, ou seja, antes da exposição do individuo ao vírus e é indicada para pessoas pertencentes aos grupos de risco: veterinários, adestradores, biólogos, cientistas, etc.

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No Brasil, a vacina produzida para a profilaxia é a do tipo Fuenzalida & Palácios, cuja preparação é feita a partir de tecido nervoso de camundongos lactentes infectados com o vírus com posterior inativação mediante radiação ultravioleta e bacteriopropriolactona.

Outro tipo de vacina é a de cultivo celular. Ela apresenta alto poder imunogênico, baixo índice de eventos adversos, mas tem um elevado preço. O soro anti-rábico é obtido de eqüídeos hiperimunizados. A aplicação é em dose única por via intramuscular em diferentes locais da vacina. O soro pode causar reações anafiláticas, anafiláctóides e doença do soro.

Após a vacinação, deve ser feito um acompanhamento sorológico, a partir do 10º dia da administração da última dose, cujo título de anticorpos deve ser acima de 0,5 UI/mL. Essa avaliação deve ser repetida semestralmente de acordo com o grau de risco que a pessoa se expõe.

A vacina anti-rábica também pode ser usada para após a exposição do paciente ao vírus. Nesse caso, a aplicação deve ser feita após lavagem dos ferimentos. Pode-se também utilizar a imunização passiva (soro). A aplicação deve ser feita no local da inoculação do vírus, ou seja, na lesão, para que os anticorpos possam inativar o vírus.

Dicas Conta a Raiva: Listamos algumas dicas fundamentais para quem é portador  da Raiva ou quem apenas possui interesse em conhecer a Raiva:

  • Lavar o ferimento com água, sabão, desinfetar com álcool e tintura de iodo.
  • Sempre que possível, interromper o uso simultâneo de corticosteróides, antimaláricos e imunossupressores.
  • Manter-se sempre vacinado se for pertencente a um grupo de risco.
  • Procurar o mais rápido possível um posto de saúde se for mordido ou arranhado ou entrar em contato com a saliva de um animal infectado.
  • Procure anotar o máximo de informações possíveis sobre a transmissão da doença. Tente saber que tipo de animal lhe mordeu, se foi doméstico ou silvestre, e se esse animal encontra-se nas redondezas.
  • Se o animal que te mordeu pode ser capturado sem causar mais nenhum ferimento a ninguém, é importante que isso seja feito.
  • Não mate o animal com pancadas ou tiro na cabeça, pois isso pode dificultar exames que identificam se o animal possuía ou não Raiva. Espere para conversar com um médico e ele entrará em contato com os departamentos de saúde local para saber o que deverá ser feito com o animal.

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