A variante ômicron possui maior transmissibilidade, faz das crianças ainda não vacinadas um grupo com maior risco de infecção, conforme vem sendo observado em outros países onde houve transmissão comunitária desta variante.
A ômicron também é chamada B.1.1529 ela foi reportada à OMS em 24 de novembro de 2021 na África do Sul.
Além disso, o primeiro caso confirmado da B.1.1529 foi de uma amostra coletada em 9 de novembro de 2021.
Portanto, de acordo com OMS, a variante ômicron apresenta grande número de mutações, e algumas dela são preocupantes.
No entanto, nas últimas semanas, as infecções do coronavírus vinham aumentado abruptamente no país, o que coincide com a detecção da nova variante B.1.1529.
Além disso, a situação epidemiológica no país tem sido caracterizada por três picos de casos notificados, sendo que o último era com a variante delta.
Importância da vacinação em crianças:
As crianças não vacinadas contra a Covid-19 correm mais risco de infecção pela doença e de repassar o vírus a outras pessoas, situação que alimenta o surgimento de novas variantes.
VOCÊ JÀ VIU ISSO?
Falta de vacinação favorece o surgimento de mutações:
Além disso, as mutações acontecem quando um vírus se prolifera, no momento da replicação do material genético, podem acontecer erros na sequência de RNA que favorecem o aparecimento de uma cepa talvez mais perigosa do que as até então existentes.
Maria Carolina Sabbaga pesquisadora científica e vice-diretora do Centro de Desenvolvimento Científico do Instituto Butantan, explica que isso acontece quando há alta transmissibilidade.
Sobretudo, estamos em um mundo globalizado e não adianta vacinar uma parte do mundo e não vacinar a outra.
Ela também explica que é a mesma coisa de vacinar só São Paulo e não vacinar o entorno, dessa forma começam a chegar variantes de outros lugares. ((https://butantan.gov.br/noticias/nova-variante-omicron-deve-afetar-mais-quem-nao-tomou-a-vacina-como-criancas-e-adolescentes))
Como vai funcionar a vacinação infantil?
A vacinação infantil tem diferenças em relação à que foi aplicada nos adultos, por esta razão, o governo federal terá que comprar uma versão específica do produto com dosagens e frascos diferentes, apesar de o princípio ativo ser o mesmo.
Além disso, em outubro, a Pfizer disse que a vacina é segura e mais de 90,7% eficaz na prevenção de infecções em crianças de 5 a 11 anos.
Portanto, a Anvisa alerta que a autorização é baseada nos dados disponíveis até o momento e os resultados são avaliados a todo momento.
Orientações da agência:
– Além disso, a dose para as crianças entre 5 e 11 anos de idade é 1/3 da formulação já aprovada no Brasil.
– A dosagem da vacina é de 10 microgramas.
– No entanto, a formulação pediátrica é diferente daquela aprovada anteriormente apresentada para o público com mais de 12 anos, portanto, não é recomendado utilizar a formulação de adultos diluída.
– As crianças que completar 12 anos entre a primeira e a segunda dose deve manter a dose pediátrica.
Além disso, segundo a Anvisa, até que saiam mais estudos, é indicado um intervalo de 15 dias entre a vacina da Covid-19 e outros imunizantes do calendário infantil. ((https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/noticias-anvisa/2021/anvisa-informa-o-que-sabemos-sobre-a-omicron))