A varíola dos macacos é um vírus que infecta animais e raramente os humanos, no entanto, estão surgindo em vários países e preocupando autoridades de saúde.
Além disso, a varíola dos macacos é uma zoonose silvestre que ocorre geralmente em regiões de floresta da África Central e Ocidental.
No entanto, há os casos relatados na Europa, nos Estados Unidos, no Canadá e na Austrália parecem não ter relação com as regiões africanas, o que pode indicar uma possível transmissão comunitária do vírus.
Entretanto, em 2018 e 2021, haviam sido relatados sete casos dessa doença no Reino Unido, principalmente em pessoas com histórico de viagens para países endêmicos.
Porém somente este ano, nove casos já foram confirmados, seis deles sem relação com viagens, até 18/5, segundo a Agência de Segurança em Saúde do Reino Unido (UKHSA, na sigla em inglês).
Em Portugal foi mais de 20 casos confirmados, e na Espanha ao menos 30, e há pelo menos um caso confirmado nos Estados Unidos, Canadá, Alemanha, Bélgica, França e Austrália, segundo imprensa e os governos locais.
Onde surgiu a varíola dos macacos?
A varíola dos macacos é uma doença que ressurgiu na Nigéria em 2017, após mais de 40 anos sem casos relatados.
No entanto, desde então, houve mais de 450 casos relatados no país africano e pelo menos oito casos exportados internacionalmente.
Afinal, o que é a varíola dos macacos?
A varíola dos macacos é um vírus que infecta macacos, mas que incidentalmente pode contaminar humanos, o que ocorre geralmente em regiões florestais da África Central e Ocidental.
Além disso, a doença é causada pelo vírus da varíola, que pertence à família dos ortopoxvírus.
No entanto, existem dois tipos de vírus da varíola dos macacos: o da África Ocidental e o da Bacia do Congo (África Central).
Embora a infecção pelo vírus da varíola dos macacos na África Ocidental às vezes leve a doenças graves em alguns indivíduos, a doença geralmente é autolimitada (que não exige tratamento).
Entretanto, a taxa de mortalidade de casos para o vírus da África Ocidental é de 1%, enquanto para o vírus da Bacia do Congo pode chegar a 10%.
No entanto, as crianças também estão em maior risco, e a varíola durante a gravidez pode levar a complicações, varíola congênita ou morte do bebê, aponta a OMS.
Sintomas da varíola dos macacos:
Os sintomas da varíola dos macacos iniciais incluem febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, linfonodos inchados, calafrios e exaustão.
Também pode ocorrer lesões na pele que se desenvolvem primeiramente no rosto e depois se espalham para outras partes do corpo, incluindo os genitais.
Além disso, essas lesões na pele parecem as da catapora ou da sífilis até formarem uma crosta, que depois cai.
Os sintomas dessa doença podem ser leves ou graves, e as lesões na pele podem ser pruriginosas ou dolorosas.
No entanto, em casos mais leves de varíola podem passar despercebidos e representar um risco de transmissão de pessoa para pessoa.
É provável que haja pouca imunidade à infecção naqueles que viajam ou são expostos de outra forma, pois a doença endêmica geralmente é limitada a partes da África Ocidental e Central.
Como ocorre o contágio:
A fonte da infecção do vírus em casos relatados ainda não foi confirmada pela OMS.
Além disso, no geral, a varíola dos macacos pode ser transmitida pelo contato com gotículas exaladas por alguém infectado (humano ou animal).
Ou pelo contato com as lesões na pele causadas pela doença ou por materiais contaminados, como roupas e lençóis.
No entanto, no período de incubação da varíola dos macacos é geralmente de seis a 13 dias, mas pode variar de cinco a 21 dias.
Portanto, pessoas infectadas precisam ficar isoladas e em observação por 21 dias.
Como a doença foi identificada?
Esta doença foi descoberta pela primeira vez em 1958, quando dois surtos de uma doença semelhante à varíola ocorreram em colônias de macacos mantidos para pesquisa.
Além disso, o primeiro caso humano de varíola dos macacos foi registrado em 1970 na República Democrática do Congo, durante um período de esforços intensificados para eliminar a varíola.
Desde então, a varíola foi relatada em humanos em outros países da África Central e Ocidental.
No entanto, no surto de 2022, o primeiro caso foi identificado na Inglaterra em um homem que desenvolveu lesões na pele em 5/5, foi internado em um hospital de Londres.
Varíola dos macacos tem vacina?
A vacinação contra a varíola foi mostrada no passado para proteger contra a varíola.
Embora uma vacina (MVA-BN) e um tratamento específico (Tecovirimat) para varíola tenham sido aprovados em 2019 e 2022, respectivamente, essas contramedidas ainda não estão amplamente disponíveis para populações em todo o mundo com menos de 40 ou 50 anos.
tomar a vacina que protegia dos programas anteriores de vacinação contra a varíola porque essas campanhas terminaram.
No Reino Unido, a vacina contra a varíola está sendo oferecida às pessoas em maior risco.
Como se prevenir da varíola dos macacos?
Residentes e viajantes de países endêmicos devem evitar o contato com animais doentes (vivos ou mortos) que possam abrigar o vírus da varíola dos macacos (roedores, marsupiais e primatas.
E devem abster-se de comer ou manusear caça selvagem.
A desinfecção das mãos com água e sabão ou álcool gel é importante para evitar o contato com o vírus, evitar o contato com pessoas infectadas e usar itens de pessoas contaminadas e lesões de pele ((https://butantan.gov.br/covid/butantan-tira-duvida/tira-duvida-noticias/variola-dos-macacos-o-que-e-a-doenca-seus-sintomas-e-por-que-ela-afeta-humanos))